quarta-feira, junho 23, 2010

Rico Sequeira


Nasceu em 1954 – Lisboa

Vive e trabalha entre Lisboa e Luxemburgo.

Segundo o artista, “no meu mundo plástico, pelo modo e ordem do seu fazer, o desenho opõe -se à pintura”.

Tudo está ligado às pranchas de B.D (banda desenhada) que o artista foi adquirindo ao longo dos anos e que segundo este, elas têm vindo a influenciar o seu mundo plástico, e em especial, o seu desenho, como se fossem um impulso imediato de uma matriz interior do próprio ser.

As verdadeiras razões desta forma de criar, segundo Rico Sequeira, devem permanecer misteriosas, porque existem coisas que se devem dizer e outras que não devem ser reveladas, “mesmo quando tento ligar o meu pensamento ao desenho que é uma espécie de alquimia dos sentidos que irá resultar numa combinação e sinais pictóricos, o meu mundo intriga-me, o circular das histórias, os disfarces das formas, o prazer de condizer, a felicidade de se estar contra todos, a alegria de provocar, de brincar com as cores, dão-nos o poder de acreditar numa maneira utópica privada”.

Graças à pintura posso partilhar a minha solidão, mas como diria Duchamp a pintura atrasa-se. O gesto do pintor faz-se numa situação idiota animalesca, não por ter menos interesse, mas porque o meu desenho nasce junto do pensamento, é um exercício de liberdade exemplar do seu próprio gesto.

Para mim, o desenho funciona como uma forma primeira de compreender e sobretudo aprender o mundo. Os meus desenhos são como companheiros, heróis de B.D.


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