César (sopro cardíaco) PAULOSÉRGIOBEJuGALERIADOSPRAZERESABRIL/MAIO2010
arde-me
dispenso o corpo, o efémero. puxo, solto de dentro ou de qualquer lado o perene. coisa real. lenta e minuciosamente a esferográfica na minha mão constrói suas representações. para além do espartilho de uma mão ou de um pé. rabiscos soltos entreabrem vislumbres da essência. surgem monstros que trago comigo, de dentro para fora, de aqui para lá. asfixio no meio. sossego no tracejar vazio, no mar e nas estrelas. mais ainda nas filhas. soltam-me qual arvore amarrada. no cansaço extremo agarro a mão e o braço que vem de tão perto e elevo-me. para onde?
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